Também temos que ir além da mudança da posição brasileira em relação às violações de Direitos Humanos no mundo. Sim, antes nós não condenávamos quem as potências queriam condenar só porque elas assim desejavam. Agora nós condenamos, mas deixamos claro que não ficaremos à mercê do jogo político internacional, e também condenaremos as violações para as quais elas, as potências, fecham os olhos – como Guantánamo e Abu Ghraib.
Enxergar os interesses econômicos por trás das transformações no mundo árabe é fundamental para preservar a soberania dos povos latino-americanos. Se nossos povos acreditarem na auto-proclamada boa vontade e defesa dos Direitos Humanos desinteressada das grandes potências, a qualquer momento elas podem construir uma imagem negativa de determinado governo só para destituí-lo. Já fizeram isso outras vezes, basta consultar a História.
A questão se torna ainda mais central se considerarmos que o Petróleo, matriz das sociedades modernas, é um recurso finito e cada vez mais raro. Sendo que alguns países que tem mais têm descoberto o óleo nos últimos anos estão em Nuestra América, como Brasil e Venezuela.
Portanto, é necessário que os governos interessados na soberania dos povos latino-americanos invistam na defesa comum do continente. Além das armas tradicionais e da união entre os países da região, é fundamental o fomento às iniciativas de comunicação democrática, tendo em vista que muitas vezes os interesses das corporações de mídia coincidem com os das potências estrangeiras. Como já dizia José Martí, um dos libertadores da América, “um povo culto é um povo livre”.
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